Final Fantasy 17 Pode Resgatar o Combate por Turnos? Square Enix Reacende o Debate

Produtor da Square Enix Naoki Yohshida revela discussões internas sobre o sistema de combate de Final Fantasy 17 e possibilidade de retorno ao estilo clássico por turnos.

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Com o lançamento de Final Fantasy 17 ainda distante, os fãs já especulam sobre uma das decisões mais cruciais da franquia: o sistema de combate. Após a recepção mista de Final Fantasy 16, que apostou em ação em tempo real, a Square Enix está reavaliando suas escolhas — e o sucesso de Clair Obscur: Expedition 33 reacendeu o debate sobre o retorno ao estilo clássico por turnos.

O impacto de Clair Obscur e a nostalgia estratégica

Desenvolvido pela Sandfall Interactive, Clair Obscur: Expedition 33 surpreendeu o mercado com uma abordagem moderna ao combate por turnos, combinando elementos estratégicos com mecânicas em tempo real, como esquivas e bloqueios. O jogo se tornou um fenômeno em 2025, provando que o gênero ainda tem fôlego e pode ser reinventado com profundidade e estilo.

Esse sucesso chamou a atenção da Square Enix, que reconheceu publicamente o valor dos RPGs baseados em comandos. Durante uma reunião de acionistas, um investidor chegou a sugerir que os próximos Final Fantasy e Dragon Quest deveriam seguir esse caminho, citando Clair Obscur como exemplo.

O que diz Naoki Yoshida, produtor da franquia

Em entrevista à Anime News Network, Naoki Yoshida — produtor de Final Fantasy 14 e 16 — foi questionado sobre a possibilidade de Final Fantasy 17 adotar o combate por turnos. Yoshida foi cauteloso: afirmou que não está diretamente envolvido no desenvolvimento do próximo título e que não deseja limitar a visão criativa do futuro diretor ou produtor.

Segundo ele, a escolha entre ação e turnos não deve se basear apenas na mecânica de batalha, mas sim no tipo de experiência que os desenvolvedores querem entregar. Elementos como narrativa, qualidade gráfica e design de jogo influenciam diretamente essa decisão.

Turnos vs. ação: os argumentos dos fãs

Os defensores do combate por turnos destacam a profundidade estratégica, a personalização de personagens e o controle tático como pontos fortes. Jogos como Final Fantasy 10 e Octopath Traveler 2 são exemplos de como esse estilo pode transformar batalhas em verdadeiros quebra-cabeças.

Por outro lado, o combate em tempo real oferece fluidez, impacto visual e uma sensação de imersão que agrada a muitos jogadores modernos. Final Fantasy 16 e Final Fantasy 7 Rebirth exploraram modelos híbridos, tentando equilibrar ação com comandos estratégicos.

E se Final Fantasy 17 encontrar um meio-termo?

A possibilidade mais promissora seria um sistema híbrido, inspirado em Clair Obscur, que mescla turnos com elementos reativos em tempo real. Isso permitiria que jogadores escolhessem entre estilos diferentes, adaptando a experiência ao seu perfil. A Square Enix já demonstrou flexibilidade em títulos anteriores, como Final Fantasy 7 Remake, que oferecia modos “Clássico” e “Ativo”7.

Com a franquia se aproximando de uma nova geração, Final Fantasy 17 pode ser o ponto de virada — seja para resgatar suas raízes JRPG ou para reinventar o gênero mais uma vez.

Fonte: Insider Gaming

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